Hyundai

 

Qualidade e uma marca forte. Estas são as duas prioridades da HYUNDAI MOTOR COMPANY para se preparar para o futuro. Não satisfeita em seguir e aprender, a montadora coreana busca, agora, liderar a indústria automobilística e moldar a evolução dos veículos motorizados. Com seu objetivo divulgado publicamente de tornar-se um dos cinco maiores fabricantes de carros do mundo até 2010, a marca HYUNDAI deu início a uma verdadeira revolução interna, produzindo veículos campeões de venda e equipados com as mais modernas tecnologias.
A história
A montadora nasceu pelas mãos do conglomerado Hyundai Engineering and Construction Company, fundado em 1947 por Chung Ju-Yung, em 1967 na Coréia do Sul quando esta ainda se recuperava da guerra, tentando encontrar seu caminho em meio a uma economia global em fase de grande crescimento. Para poder competir com as tradicionais indústrias européias, americanas e japonesas, a HYUNDAI (palavra proveniente do coreano Hyeondae, que significa “tempos modernos”) teria de absorver tecnologias de outras marcas e se desenvolver em tempo recorde. Essa trajetória começou em 1968, quando a empresa obteve licença para montar alguns modelos da Ford americana apenas para o mercado interno. O primeiro deles foi o Cortina. Mas o primeiro carro totalmente desenvolvido pela marca surgiria apenas em 1974, o pequeno modelo Pony, apresentado no Salão de Turim na Itália desse mesmo ano.
Apesar de ter sido concebido pela HYUNDAI, o Pony utilizava tecnologia dos japoneses da Mitsubishi, como o motor, a transmissão e a suspensão; além de ter sido desenhado pelo estúdio de design italiano da Giugiaro. No ano seguinte a montadora lançou o modelo Excel, além de inaugurar uma nova fábrica na Coréia do Sul, capaz de produzir 300 mil veículos por ano. Em 1976, o modelo Pony foi o primeiro a ser exportado, com 1.042 unidades sendo mandada para o exterior. Seis anos depois, o Pony II foi apresentado, já com uma linha mais moderna, e em 1984 atingiu um total de 500 mil unidades produzidas. Nesse mesmo ano foi apresentado o modelo Stella. No ano seguinte a HYUNDAI atingiu o total de um milhão de carros produzidos e apresentou um modelo de luxo, o Grandeur.


Em 1986 a HYUNDAI produziu o automóvel de número 1 milhão. Nesse mesmo ano começou a exportar para os Estados Unidos o modelo Excel, ingressando oficialmente no maior mercado do mundo. Este modelo foi bem aceito incialmente pelo mercado, mas após a tentativa de baixar o preço do modelo, acabou reduzindo junto a qualidade, o que resultou em uma imagem extremamente negativa da HYUNDAI no que diz respeito à qualidade. O Excel estava sujeito a problemas de controle de qualidade e precisava freqüentemente de trocas de peças. As vendas emperraram, e a HYUNDAI virou motivo de chacota. Sua imagem era tão ruim que David Letterman do “Late Show” (programa de entrevistas americano, no mesmo estilo do Programa do Jô aqui no Brasil) divulgou uma lista das 10 pegadinhas mais engraçadas para se fazer com astronautas no espaço, e a pegadinha número 8 era “Colar o logotipo da HYUNDAI no painel de controle da nave”. Em 1987 ingressou no mercado dos mini-carros e dos caminhões. Quase no final desta década, em 1989, montou uma fábrica destinada a construir motores V6 e no ano seguinte lançou o coupé esportivo Scoupe e o luxuoso Sonata.


Somente no ano de 1991, a HYUNDAI apresentou o primeiro motor de fabrição própria, chamado Alpha, iniciando assim o caminho para a independência tecnológica, dando origem a uma família de motores com invejáveis níveis de desempenho e economia. O ano de 1996 foi de extrema importância para a montadora, pois além de completar a construção da planta em Asan, uma das mais modernas fábricas de automóveis no mundo, superou a marca de 10 milhões de veículos produzidos. Um ano depois, a HYUNDAI colocava o pé definitivamente na Europa, com a inauguração de uma fábrica na Turquia. A grave crise econômica vivida pela Coréia do Sul em 1998, desencadeou uma onda de fusões no país, e foi quando a HYUNDAI comprou a KIA MOTORS, formando o grupo Hyundai Kia Automotive Group.

No final desta década, com uma imagem associada a má qualidade, principalmente no mercado americano, a montadora decidiu então apostar fortemente na qualidade e design dos seus automóveis, o que aliado a um grande investimento em marketing acabou rendendo resultados mais que satisfatórios após alguns anos, sendo a marca HYUNDAI, hoje em dia nos Estados Unidos, associada a alta qualidade e tecnologia. Ao mesmo tempo, precisou inovar para atrair consumidores relutantes de volta às concessionárias. Em 1999, começou a oferecer 10 anos de garantia, na época a melhor da indústria, de forma a reconstruir a confiança nos seus automóveis. E para competir com marcas maiores, a HYUNDAI encheu seus carros com características especiais que muitos de seus rivais vendiam como itens opcionais. A HYUNDAI reforçou seu título de um dos melhores fabricantes de automóveis ao ganhar o “2003 Global Automotive Shareholdes Value Award”, entregue pela PriceWaterhouse Coopers e Automotive News. E, pelo segundo ano consecutivo, obteve sucesso absoluto na Pesquisa de Satisfação do Consumidor, feita pela J.D. Power and Associates. Esta mesma pesquisa classificou o Hyundai Sonata em primeiro lugar em sua Pesquisa Inicial de Qualidade de 2002 e 2003.

Ao implementar quatro políticas de gerenciamento em 2004, a HYUNDAI acelerou seu desenvolvimento. Em primeiro lugar, aprimorou seu gerenciamento global estabelecendo sistemas de suporte no mundo todo para se tornar um competidor global em crescimento, expandir suas fábricas para outros países e levar sua capacidade de Pesquisa e Desenvolvimento acima do padrão da indústria. Em segundo lugar, ao redefinir sua identidade como um fabricante de automóveis elegantes e refinados, agregou mais valor à sua marca. E ao melhorar seu sistema de desenvolvimento de produtos maximizou seu valor corporativo. Em terceiro lugar, manteve suas capacidades de gerenciamento sustentáveis e se comprometeu a cumprir suas responsabilidades sociais ao desenvolver veículos mais seguros e ecológicos ao mesmo tempo em que respeitou seus valores fundamentais, lutando pela ética no gerenciamento e expandindo contribuições para causas sociais.

Por último, deu maior importância ao setor de recursos humanos. Expandindo o recrutamento de engenheiros e especialistas globais, indivíduos talentosos dos mais variados idiomas. O resultado dessas medidas pode ser comprovado nos dias de hoje: a HYUNDAI é a montadora que mais cresce no enorme mercado americano.

A linha do tempo
1988
● Lançamento do sedã médio SONATA, primeiro automóvel fabricado pela HYUNDAI utilizando exclusivamente tecnologia própria. O modelo está atualmente em sua quarta geração.
1991
● Lançamento do sedã compacto ELANTRA (em alguns mercados conhecido como AVANTE).
● Lançamento do esportivo SCOUPE.
1992
● Lançamento do GRANDEUR LUXURY, um automóvel de tamanho grande e luxuoso.
1995
● Lançamento do campacto ACCENT, equipado com motor Alpha, que viria a ser um grande sucesso de vendas.
1996
● Lançamento do DYNASTY, um sedã voltado ao mercado de luxo. O modelo teve sua produção encerrada em 2005.
1997
● Lançamento do ATOS, um hatch de porte mini, sendo o primeiro modelo urbano da montadora coreana. Com designer irreverente, inicialmente o modelo foi equipado com um motor 1.0 de 55cv.
1998
● Lançamento do H1, um furgão que rapidamente se impôs no mercado graças as suas características de espaço, versatilidade, economia e confiabilidade.
1999
● Lançamento do luxuoso sedã de porte grande EQUUS (também conhecido como CENTENNIAL).
2001
● Lançamento do seu primeiro SUV (Sport Utility Vehicle) chamado SANTA FÉ. O modelo de porte médio se tornou um dos automóveis mais vendidos da marca no mundo.
● Lançamento da minivan de porte médio MATRIX (ou LAVITA em alguns mercados).
2002
● Lançamento do TERRACAN, um utilitário esportivo de luxo, configurado para sete ocupantes, cujo principal atrativo era o sistema de injeção de combustível chamado CRDI (Common Rail Direct Injection) que equipava o motor Turbodiesel de 2.9, resultando num conjunto bem mais silencioso e com menos vibrações, aumentando assim o conforto principalmente em viagens de longa distância.
● Lançamento do super-mini GETZ (também conhecido como CLICK).
2004
● Lançamento do TUCSON, um veículo utilitário esportivo compacto de excelente desempenho tanto na cidade como na estrada, que se transformou em uma dos maiores sucesso de venda da montadora. Com o design bem moderno, linhas angulosas, que fazem o carro parecer menor do que realmente é, o Tucson rapidamente caiu nas graças do consumidor.
2005
● Lançamento do AZERA, um sedã de luxo especialmente desenvolvido para o mercado americano.
2006
● Lançamento do VERA CRUZ, um utilitário esportivo luxuoso e de médio porte. Com visual mais cosmopolita (e americano), o modelo é maior que seus irmãos Tucson e Santa Fé e teve suas linhas criadas no novo centro de design da marca, localizado na Califórnia. O nome do modelo foi inspirado na cidade mexicana de Veracruz. Tucson e Santa Fé, aliás, também são nomes de cidades, só que americanas. Tucson fica no estado do Arizona e Santa Fé no Novo México.
2007
● Lançamento do compacto esportivo i30. O modelo, com designer agressivo, deu início a uma nova linha de modelos, iniciada por “i” de inspiração, mas também de inteligência e de integridade, que daria futuramente origem ao i10 (sucessor do Atos) e i20 (sucessor do Getz vendido na Europa), Exclusivamente no Brasil o modelo terá o nome de ELANTRA NEOS.
● Lançamento do hatchback urbano i10.
2008
● Lançamento do GENESIS, um sedã esportivo de luxo. O modelo é equipado com os motores V6 de 3.3 e 3.8 litros, além de um V8 de 4.6 litros. O grande diferencial do Genesis é, na verdade, a tração traseira. Com câmbio automático de seis velocidades, acelera de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos. Também neste ano foi lançada a versão esportiva coupé do modelo.
2009
● Lançamento do compacto i20, nas versões três e cinco portas.

O gênio por trás da marca
O arquiteto responsável pela grande ascensão da HYUNDAI foi Chung Mong-koo, nomeado chairman da empresa em 1998. Embora ele seja filho do fundador da empresa, desde o início estava claro que não teria moleza. Pouco antes de sua nomeação, a economia Coreana havia sido derrubada pela crise Asiática de 1997, e a HYUNDAI teve que demitir 25% dos seus funcionários. Para complicar ainda mais, em 1998 a montadora concordou em adquirir sua rival sul-coreana Kia. Chung tinha pouca experiência com a indústria automotiva – ele passou a maior parte de sua carreira gerenciando uma mistura de empresas afiliadas do grupo HYUNDAI, incluindo uma empresa de aço, uma indústria de tubos e canos, uma indústria de containeres e a divisão de serviço da HYUNDAI MOTOR. Quando ele começou a anunciar suas intenções de tornar a HYUNDAI uma das 5 maiores montadoras do mundo, poucos fora da empresa o levaram a sério. A montadora, assim como muitas empresas familiares coreanas, era ultra-hierárquica e lenta para mudanças. Os gerentes raramente cooperavam entre si e os chefes de divisão dirigiam suas operações como um feudo privativo. Mas Chung estava produzindo uma revolução silenciosa. Reverenciado pelos funcionários como membro do clan fundador, ele foi capaz de coletar informações rapidamente e impor suas vontades sobre a organização.
Depois de anos dirigindo a divisão de serviços de pós-venda, ele concluiu que os problemas de qualidade eram o ponto nefrálgico dos males da empresa. Ainda que a revelação de Chung pareça óbvia, não era assim para os funcionários da HYUNDAI. A ênfase sempre havia sido colocada em fazer carros rapidamente e de forma barata. Mas o novo chairman deu prioridade total à manufatura impecável. Para romper barreiras entre as divisões, ele forçou designers, engenheiros e gerentes de fábrica a trabalhar como um time, criando comitivas para examinar detalhes de novos modelos e corrigir defeitos potenciais. Duas vezes por mês, Chung reúne executivos da montadora numa sala de conferência da matriz em Seul, para analisar assuntos relacionados à confiabilidade, às vezes trazendo um carro inteiro que fica suspenso numa plataforma hidráulica de forma a permitir uma análise lá mesmo. Nesse mesmo estilo, os milhares de trabalhadores da empresa são encorajados a fazer sugestões para melhorar a qualidade, nas reuniões dentro das fábricas. Á curto prazo, a obsessão de Chung pela qualidade pode sair cara. Ele retardou o lançamento do Sonata na Coréia do Sul por 2 meses enquanto os engenheiros consertavam 50 pequenos defeitos. Em 2003, ele pediu a Lee, o executivo Sênior de Pesquisa e Desenvolvimento, que se livrasse dos ruídos irritantes feitos nas trocas de marcha do Sedan Amanti, da Kia. Lee ficou preocupado que teria que fechar totalmente a linha de produção para trabalhar no problema.“Eu disse a ele que perderíamos dois meses de vendas”, ele se lembra. O Chairman disse, “Se é pela qualidade, tudo bem”.

Claro que qualidade não é tudo. Chung também focou esforços para garantir que a HYUNDAI fosse competitiva com parâmetros japoneses de estilo e tecnologia. O orçamento para pesquisa e desenvolvimento expandiu 110% desde 1999, chegando a US$ 2 bilhões recentemente. Além disso, investiu US$ 200 milhões para abrir ou expandir centros de pesquisa e design na Califórnia, no Michigan, e perto de Frankfurt, na Alemanha. Um campo de provas de US$ 60 milhões no deserto de Mojave, Califórnia, foi inaugurado. Na Coréia do Sul, Chung expandiu suas instalações de pesquisa e desenvolvimento, acrescentando um novo centro de design completo com cinema 3-D para visualizar modelos virtuais de novos carros. O perfeccionismo de Chung Mong Koo chega a tal ponto que em uma ocasião ele examinava cuidadosamente uma alavanca de câmbio recém desenhada para o sedan Sonata, enquanto todo o seu time de altos executivos se movimenta ao seu redor, esperando ansiosamente por sua aprovação. O nervosismo dos executivos era justificável: os engenheiros acrescentaram uma base de plástico sob a alavanca para prevenir que café derramado ou algum outro líquido entrasse no mecanismo e o tornasse pegajoso. Era uma modificação pequena, mas ninguém a trata assim, muito menos Chung, um tipo durão e detalhista, com uma tendência para o micro-gerenciamento (“Ele ainda toma a decisão sobre o tamanho da árvore de natal que ficará no Lobby”, conta um ex-executivo da montadora).

Ele passou 6 anos martelando a mensagem de “Defeito Zero” na cabeça dos funcionários da HYUNDAI, e o resultado é uma das viradas mais surpreendentes da história automotiva. Alguns anos atrás, a HYUNDAI era sinônimo de medíocre. Seul era o único lugar do mundo onde era provável ver um número maior dos seus carros na rua. Hoje, a linha de sedans e SUVs cheios de estilo, relativamente baratos e comprovadamente confiáveis está na cola das marcas mais célebres da indústria nos mercados nobres. Nos Estados Unidos, aonde o Sonata é uma alternativa de baixo custo para o Camry da Toyota e o Accord da Honda, as vendas da HYUNDAI explodiram. Na Europa aconteceu a mesma coisa. O resultado é claro: a HYUNDAI foi a montadora que mais cresceu no mundo todo desde 1999. Mas nem só de glórias é constituída a carreira de Chung Mong-koo. Recentemente, em 2007, ele foi condenado por acusações de fraude e sentenciado a três anos de prisão. Entre as acusações contra ele está a de ter arrecadado ilegalmente cerca de US$ 110.4 milhões de empresas afiliadas e que cerca de US$ 74.3 milhões desses recursos foram gastos com fins particulares e até com pagamentos a lobistas para obter facilitações no governo. Ele é acusado ainda de causar perdas a afiliadas através de negócios que protegiam ou privilegiavam os próprios interesses e os do filho. Só não foi preso até hoje porque recorreu da decisão e a sentença definitiva ainda não foi divulgada.
Os slogans
Drive your way.
Always There for You.
Driving is believing.
Prepare to want one.
Dados corporativos
● Origem: Coréia do Sul
● Fundação: 1967
● Fundador: Chung Ju-Yung
● Sede mundial: Seul, Coréia do Sul
● Proprietário da marca: Hyundai Kia Automotive Group
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: Chung Mong-Koo
● Presidente: Lee Jung-dae
● Faturamento: US$ 63.78 bilhões (2008)
● Lucro: US$ 686.2 milhões (2008)
● Valor de mercado: US$ 11.9 bilhões (maio/2009)
● Valor da marca: US$ 4.604 bilhões (2009)
● Concessionárias: 6.000
● Vendas globais: 2.796.370 (2008)
● Presença global: 190 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 68.000
● Segmento: Automobilístico
● Principais produtos: Automóveis, caminhões e ônibus
● Ícones: As SUVS Tucson e Santa Fé
● Slogan: Drive your way.
● Website: www.hyundai-motor.com
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca HYUNDAI está avaliada em US$ 4.604 bilhões, ocupando a posição de número 69 no ranking das marcas mais valiosas do mundo.
A marca no mundo
A coreana HYUNDAI é atualmente a oitava maior montadora de carro do mundo, vendendo seus veículos em mais de 160 países ao redor do planeta. A empresa tem fábricas nos Estados Unidos, China, Índia e Turquia, além da unidade localizada na cidade de Ulsan, que é a maior do mundo, com capacidade para produzir 1.6 milhões de automóveis anualmente. A HYUNDAI MOTOR, juntamente com a Kia Motors, respondem por cerca de 70% das exportações de automóveis da Coréia do Sul. Somente no mercado americano, em 2008, a HYUNDAI comercializou 401.742 carros, elevando suas vendas globais para 2.79 milhões de unidades.

 

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